Amanhã, viveremos o livre. O leve. Amaremos a love solto, sem medo do depois…
Amanhã, seremos o tudo, com medo do nada, explorando o futuro.
Amanhã, faremos o que quisermos, correremos a esmo, tentaremos mais um.
Amanhã, estaremos prontos, desarmados até os dentes, loucos pelo porvir
Amanhã, doaremos o que não possuímos, em prol dos que já não têm
Amanhã, venceremos. Viremos, veremos e teremos a resposta.
Amanhã, só amanhã.
Por enquanto, temos o hoje; não tão límpido, guerreiro porém ferido
Por enquanto, temos o hoje; sofrido, contente na miséria paralela
Por enquanto, temos o hoje; sujo, mal lavado, roto e esfarrapado
Por enquanto, temos o hoje; carentes de carradas de razão
Por enquanto, temos o hoje; felino e sorrateiro, fugaz na noite
Por enquanto, temos o hoje; não é o melhor, mas é o que temos
Por enquanto, temos o hoje; sofrido, contente na miséria paralela
Por enquanto, temos o hoje; sujo, mal lavado, roto e esfarrapado
Por enquanto, temos o hoje; carentes de carradas de razão
Por enquanto, temos o hoje; felino e sorrateiro, fugaz na noite
Por enquanto, temos o hoje; não é o melhor, mas é o que temos
Hoje. Ontem não tivemos.
Ontem, não podíamos pensar
Ontem, não podíamos escrever.
Ontem, não podíamos sorrir.
Ontem, não podíamos cantar
Ontem, mal podíamos amar
Ontem, mal podíamos viver.
O hoje, descrente, nos prepara para o belo amanhã.
Mas temos que trabalhar nele, o hoje.
Para que não vire o Ontem sem poder nem sonhar o Amanhã…
Preso em um nuvem....
Dentro da imundice e dos recantos mais obscuros do meu cérebro, teço palavras
Entrecortadas, mudas, cínicas, graciosas, grotescas, cheias de rancor e amor
Dentre o muito pouco que se resta, a terra úmida pronta para ser lavrada
O sentir do sangue na veia, pulsando ao sol de setembro, saciador
Quero que a vida entre a toda proa, e que junto com o sol, me leve à lembrança
Do ventre macio e suave, de toda leveza do seu ser, suas reentrâncias, ancas nuas
Dormir sorridente, acomodado no seu tenro interior, quando teu esplendor me alcança
Sonhando, ronronando e puídos de tanto sermos, gritando ao vento na rua
Voltarei no fim da tarde, ao umedecer do orvalho, gota cinza, cobre-luz
Fecharei meu infinito, ao redor do impossível e no interior profundo, sondar
Agarrar meu destino com os incisivos, imerso em fogos e cravos nus
Sem demora, sigo seco, longe enxergo sem, nem por segundos, recuar
Ontem, não podíamos escrever.
Ontem, não podíamos sorrir.
Ontem, não podíamos cantar
Ontem, mal podíamos amar
Ontem, mal podíamos viver.
O hoje, descrente, nos prepara para o belo amanhã.
Mas temos que trabalhar nele, o hoje.
Para que não vire o Ontem sem poder nem sonhar o Amanhã…
Preso em um nuvem....
Dentro da imundice e dos recantos mais obscuros do meu cérebro, teço palavras
Entrecortadas, mudas, cínicas, graciosas, grotescas, cheias de rancor e amor
Dentre o muito pouco que se resta, a terra úmida pronta para ser lavrada
O sentir do sangue na veia, pulsando ao sol de setembro, saciador
Quero que a vida entre a toda proa, e que junto com o sol, me leve à lembrança
Do ventre macio e suave, de toda leveza do seu ser, suas reentrâncias, ancas nuas
Dormir sorridente, acomodado no seu tenro interior, quando teu esplendor me alcança
Sonhando, ronronando e puídos de tanto sermos, gritando ao vento na rua
Voltarei no fim da tarde, ao umedecer do orvalho, gota cinza, cobre-luz
Fecharei meu infinito, ao redor do impossível e no interior profundo, sondar
Agarrar meu destino com os incisivos, imerso em fogos e cravos nus
Sem demora, sigo seco, longe enxergo sem, nem por segundos, recuar